segunda-feira, 21 de junho de 2010

no chão da boca

toda poça tem seu chão de estrelas
onde se agacha a lua encardida

as bordas das folhas babam de lábios
a água da chuva

a face mais dura do chão é de pedra
ou asfalto

tudo o que é mais permeável tem essência de terra
e boca

toda noite sonho com um deus de asfalto
semeando volúpia em minha boca

todo dia acordo com uma borra de desejo
no canto dos
lábios...

5 comentários:

Jens disse...

Oi Sandrix.
"toda poça tem seu chão de estrelas
onde se agacha a lua encardida".
Belo verso. Receba meu aplauso reverente.
Beijo.

orlando pinho disse...

mui belos novos poemas camurça!
o redesenho da página também!
beijabraço!

o refúgio disse...

Jens, precisa de reverência não. assim eu encabulo...rs...
beijo

Orlando, bom que cê gostou. quanto à página, tava precisando de uma renovada mesmo.
beijo

conradopreto disse...

A Sandra mata a pau!

vieira calado disse...

Olá, Sandra!

Já há um tempo que aqui não passava.

O blog continua interessante e variado.

Saudações poéticas