quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Patota, estou fazendo uns testes para um novo visual do meu blogue. Acho que preciso ajustar essa imagem, queria centralizar mas não sei, putzgrila!!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Valei-me Trotsky!

No cartaz soviético de 1920, por Victor Deni,
Leon Trotsky é São Jorge,
montado em seu cavalo branco,
em luta contra o dragão
do imperialismo contra-revolucionário:
a religiosidade mística da Mãe Rússia
continuava presente no imaginário popular
de operários, artistas e camponeses.

(Moacy Cirne. Balaio Porreta 1986)

sábado, 27 de outubro de 2007

O Moço da Bicicleta Encantada

Quando eu tinha por volta dos meus 14/15 anos, tocava violão, tocava não, arranhava. Não que fosse destituída de talento, modéstia à parte, tenho bom ouvido e sou afinada. Mas não tinha determinação, nem disciplina para me dedicar ao estudo do instrumento. Cheguei a tocar algumas pequenas peças, lendo partitura. Mas hoje, vendo um pentagrama musical, só identifico a clave de sol.
Foi mais ou menos nessa época que também tive a minha primeira desilusão amorosa, uma paixão platônica, diga-se de passagem. Ele, o tal “Moço”, era o cara mais bonito da escola, pelo menos aos meus olhos... Mas o que mais me encantava nele, não era seu corpo, nem seu rosto, nem seus olhos... O que realmente me impressionava era a maneira como ele andava de bicicleta. Vocês precisavam ver a maneira como aquele Moço chegava à escola. Sua bicicleta era uma caloi azul, linda! Nem sei qual dos dois era mais bonito, o Moço ou sua caloi. Até porque parecia que a bicicleta era uma extensão do corpo dele, tamanho era seu domínio sobre o veículo de duas rodas. O Moço fazia o diabo a quatro com a bicicleta, o que me fazia lembrar o filme Butch Cassidy & Sundance Kid, naquela cena em que Paul Newman anda de bicicleta se mostrando para Katharine Ross. Quem viu o filme deve se lembrar... “Raindrops Keep Fallin' on My Head...” . E eu, uma adolescente muito tímida, ficava olhando, toda boba e pensando: Que tipo de música ele deve gostar de ouvir? Será que gosta de Caetano, Gil , Chico?. Eu já sabia tocar no violão João e Maria, de Sivuca e Chico Buarque... “Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês/ a noiva do caubói era você além das outras três...”. Ou será que ele preferia rock? Bem, eu estava determinada a aprender os primeiros acordes de Stairway to Heaven do Led Zeppelin. Mas talvez ele preferisse o romantismo malemolente do Jorge Ben... "A minha teimosia é uma arma/ pra te conquistar/ eu vou vencer pelo cansaço até você gostar de mim...”. Com a ginga toda que ele tinha em cima da bicicleta é provável que ele gostasse sim, do Jorge Ben. E eu suspirava calada... Até que certo dia o Moço chegou à escola dirigindo um carrão preto, desceu cheio de pose e as garotas mais bonitas da escola ficaram ao seu redor, provavelmente o bajulando um bocado. Vocês não imaginam a minha raiva e decepção: "Como?! Como ele foi capaz de trocar a poesia por um carro?!". Sim, poesia, porque vê-lo em sua caloi azul era como ler um belo poema, ou admirar um belo quadro, um belo filme... "Como?! Como?!" Questionava-me, inconformada. Naquele dia descobri que, além de bonito, aquele Moço era o cara mais idiota da escola. E que todo o encantamento estava em sua linda caloi azul. A bicicleta era encantada, só podia ser. Sem ela, ele perdera toda a beleza e poesia, pelo menos aos meus olhos...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

comendo e amando

silêncio, por favor
você não percebe que eu estou...
estou pensando
se perco a razão te comendo
ou ultrapasse a lógica te amando
ou...
os dois
p
oooo
p
Sabem esses vídeos aí ao lado? Tentei colocar como postagem mas não consegui, sou ignorante num monte de coisas, inclusive nesses recursos internéticos. Bem, consegui adicionar como elemento de página, ufa! Adoro Ben Harper, quem não o conhece e curte soul, blues, folk e reggae, precisa ouvi-lo. O cara tem uma voz linda (ele é lindo!), músico de mão cheia e toca slide (é assim que se escreve?) guitar que é uma cooooisa. Conheço e curto Ben Harper desde o primeiro disco (da década de 90 do século passado), mas quando o vi cantando Sexual Healing, puxa vida! Que versão linda e delicada... Sexual Healing é de Marvin Gaye, já falecido, que eu adoro, como adoro toda a galera da Motown, gravadora norte-americana das décadas de 60/70 especializada em soul/black
music. Pena que esses vídeos do YouTube sejam cheios de interrupções... de toda forma espero que gostem.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Seu Esfuminho & Dona Aquarela

Vejam só vocês. Depois de todo esse tempo utilizando o paint e o photo editor pra fazer meus desenhos, só hoje descobri que tem esfuminho nesse último (é uma mãozinha com um dedinho que a gente vai passando por cima do desenho...rs). Fiz o desenho acima no paint e depois fui ao photo editor, onde apliquei esfuminho e depois aquarela. Gostei de trabalhar com essa dupla!


sábado, 20 de outubro de 2007

O Homem de Paletó e Gravata

Encontrei aquele homem no sinal fechado. Ele trajava paletó e gravata e tinha em uma das mãos um envelope vermelho. Assim como eu, esperava o sinal abrir para atravessar a avenida.
Gostei dele, do seu rosto, seu cabelo estilo Beatles, desalinhado...Apesar da roupa não parecia um homem careta. Às vezes certos trabalhos exigem trajes formais. Fazer o quê?
O sinal abrira e nós e mais uma ou duas pessoas atravessamos a avenida. Ele tinha o passo rápido e um andar elegante. Não, não tinha nada a ver com a roupa. Ele andava de um jeito natural, meio largado, como se usasse jeans e camiseta, muito à vontade, como se não soubesse ou não desse a mínima para o traje de jovem empresário urbano que trajava. E eu gostei disso. Seu ar cool, meio outsider (quanto ingrês!) me impressionou. Acompanhei, a alguns passos atrás, aquele homem mas nossos caminhos se separaram no cruzamento seguinte. Que pena, pensei. Mas para minha sorte, ou desejo, ou acaso, ele reapareceu na calçada que eu estava, atravessara a rua à minha frente e seguiu com seus passos rápidos e charme blasé. Eu o segui um pouco atrás e apressei o passo para não perdê-lo mais de vista. Ele dobrou a esquina que eu também dobraria, meu caminho natural para casa. Perdi-o de vista mas sabia que o reveria quando virasse a esquina. Dito e feito. Quando entrei na Rua das Crioulas, logo após a farmácia, o vi parado num fiteiro, comprando alguma coisa. E pensei: deve estar comprando um cigarro. Dito e feito. Passei por ele. Tinha que seguir, não tinha razão para interromper meu caminhar. Atravessei a rua, e ele atravessou logo depois, bem atrás de mim. Pude sentir seus passos... Ele logo me ultrapassou e eu atravessei a rua seguinte mudando para calçada do lado direito, enquanto ele seguia em frente, na mesma calçada, com seu charme, seu andar elegante e largado, cigarro na boca, cabelo ao vento, envelope vermelho... Virei outra esquina, entrei na Rua da Amizade. Não havia motivo para seguir aquele homem. Mas quem era aquele homem? Fiquei pensando. Poderia ser um bandido, um espião, um homem-bomba com um envelope na mão. Bem, não importa. Ele me impressionou. Nunca gostei de homens de paletó e gravata. Mas aquele me encantou, justamente porque parecia desprezar seu ‘paletó e gravata’... Quando cheguei em casa o esqueci. Mas no dia seguinte acordei pensando nele e me questionei: Por que deixei-o escapar? Eu tinha tanta pressa para chegar em casa? Eu precisava mesmo de razões coerentes para segui-lo?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

terça-feira, 16 de outubro de 2007

nosso amor

dê-me uma lua cheia
que eu te dou o sol mais quente
e ninguém verá eclipse mais obsceno que o nosso

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

você me dá tesão

brinco com você
na minha boca
mato você
na minha boca
depois você ressuscita
entre minhas coxas

El Che?

Minha irmã me disse que com meu jeito meigo e calmo (eu!?! meiga e calma? ela não sabe nada de mim...) eu consigo ser firme e dura com os cuidadores e enfermeiras do nosso pai. Me senti tão Ernesto Che Guevara: "Hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás".

Acho que tenho alguma salvação...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

"Eu Pixo" + um meme

qqqqq
p
Recebi um meme (Ô tarefinha...Brincadeirinha...rs) da minha querida Vais. O negócio é o seguinte: pegar o livro mais próximo (que esteja lendo, ou não), abrir na página 161, escrever a quinta frase e fazer um comentário sobre a obra. Lá vai...

O livro: Mate-me Por Favor: Uma História Sem Censura do Punk, Vol.I de Legs McNeil e Gillian McCain. (Será que eles são sobrinhos do McDonald? Brincadeirinhaaaa)



A frase: Então eu disse: “Seja legal com esse tal de David Bowie. Além do mais, ele é bonito e quero conhecê-lo. Então vamos nessa.” (Coloquei quase um parágrafo inteiro, né? Não resisti...)


O comentário: Através de entrevistas o livro narra a história da cena punk novaiorquina nos anos 70. Lá estão figuras como Iggy Pop, Debbie Harry, Nico, Patty Smith, Joey Ramone, entre outros que fizeram ou de alguma forma estavam envolvidos com a cena punk de Nova York. Se o livro é bom? Bem, não é essencial, se é que existe livro essencial. Mas pra quem curte a patota acima é, digamos...interessante.



Quem quiser seguir adiante o meme do livro, vai em frente. Deveria indicar 5 pessoas mas vou deixá-los (las) à vontade.
p
Ah, sim, o desenho acima fui eu que fiz mas é copiléfiti. Nem precisa citar meu nome. Sou inteirinha de domínio público, em versos e cores, uuuuiii, senti um arrepio! Mas que ninguém se aproprie do que é público, senão senão, aiaiai!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

quinquilharias

1. Nem tudo que tem significado é racional.
2. A razão não clama por tesão.
3. A meu ver, um pouco de tudo é bom saber.
4. As rimas dão sonoridade às limas.
5. Quem não tem nada à dizer é porque...sei lá.
6. As besteiras servem pra irritar os soberbos.
7. A paciência tem limite mas seus frutos são de chocolate.
8. Calma é pra quem não desalma.
9. E só desalma quem não tem dálmata.
10. O sentido tá carcomido.
11. Tudo tem um pouco de razão e aberração.
12. A melancolia me invade ou será que mora
em mim e extrapola?
13. Sob o sol não há dúvida somos todos só(i)s.
14. As sensações não têm senso nem ações.
15. Nem a camaradagem tem câmara mas agem.
16. E o supérfluo pode ser super mas eu não fluo fácil.
17. Feminino é um niño afeminado.
18. Ando muito ansiosa pra escrever. Dá pra perceber?
19. Vou dar um tempo pessoal.
20. Nganga que eu gosto...



quarta-feira, 3 de outubro de 2007

a revolução sem rosto


Vocês já ouviram falar no Wu Ming? Eles criticam a propriedade intelectual e são a favor do copyleft.

Sim, sim, podem ter certeza, depois de todo esse rolo entre meu querido Marconi Leal e Fausto Wolff (ver aqui) fiquei pensando sobre questões relativas a direitos autorais. Não que Marconi não tenha razão em se sentir lesado. Mas se Fausto errou pela apropriação de algo que não era dele, Marconi exagerou na dose ao defender sua propriedade intelectual. Essa é a minha opinião. Já estava louca pra falar isso mas estava esperando o desfecho dessa história pra não pôr mais lenha na fogueira. Gostaria de escrever um texto mais longo sobre minhas opiniões mas não tenho talento suficiente para isso, sem falar que ando muito cansada com os problemas de saúde do meu pai. É isso... Visitem o sítio do Wu Ming. Vale a pena.


"Toda propriedade é um roubo"
Quem foi mesmo que disse isso?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Era uma vez...
Há muito tempo atrás...
Nunca mais
lúcido e lúdico
a me falar do mato, das flores
e do gado ruminando no pasto...

Sobrevida desprovida de sentido...


PS: Seu Maurício já saiu da UTI mas continua hospitalizado.
Mais uma vez muito obrigada pela força, pessoal.