sexta-feira, 30 de novembro de 2007

terça-feira, 27 de novembro de 2007

"os des(a)tinados"




Jogar capoeira
depois à luta
amorosa
paixão roxa, rosa
luxúria
regada a suor e saliva


ele e ela
assim assado
amor odara
embriagado
dança eternizada
na paisagem úmida
de ensandecida madrugada


PS: Ane & César é um casal de Porto Alegre, leitores meus. Descobri recentemente (já desconfiava disso...rs) que meus poemas são uma espécie de trilha poético-amorosa pro amor deles. Fiquei lisonjeada, claro. Tô me sentindo meio madrinha virtual dos dois, ou melhor, fada madrinha, não, melhor ainda, foda madrinha...rs...
Eita mulher sacana, tem jeito não, tá no DNA...rs...
Perdão, Ane & César, pelo trocadilho safado, mas foi irresistível.
Abençoado seja o amor d'ocês.
Um beijo no coração de cada um.
E sejam felizes , sempre!

domingo, 25 de novembro de 2007

a hora e a vez de fazer dread

Fazia tempo que eu tinha vontade. Mas sempre que pensava em fazer acabava cortando o cabelo por causa desse calor infernal do Recife. Já usei cabelo curto, chanel, reto, em camadas, longo (como está agora), já pintei, já fiz trancinha, nunca alisei, até porque já é liso por natureza. Mas agora que meu cabelo cresceu, chegou a hora e a vez de fazer dreadlocks. Acho lindo! Gosto de seguir na contramão da tendência majoritária. Nunca vi tanta gente alisando o cabelo, até quem já tem cabelo liso tá alisando mais ainda, é chapinha pra lá, alisamento japonês pra cá. Nada contra cabelo liso, também acho lindo mas é preciso valorizar todos os tipos de cabelo, todas as raças, todos os olhos, toda pele, toda cor... E sem essa de que "cabelo bom é cabelo liso", cabelo por acaso tem caráter? Eu vou é enrolar meu cabelo, me livrar dos pentes. Adeus, cabelos embaraçados...rs. Acho que minha alma é negra. Eu sou neguinha! Eu sou neguinha!


Ah, pra quem não sabe, dreads são os cabelos dos rastafári que nós, branquelos/as de alma negra, invejamos ( inveja num bom sentido).
Quando tiver oportunidade (não tenho câmara digital) publicarei uma foto minha com o novo visual.
Salve Marley! Salve Tosh!
Viva Jah!
Valei-me Leão de Judá!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Acabou Chorare

(Moraes Moreira /Galvão)


Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo

Talvez pelo um buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão

Abelha, abelhinha...
Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim

Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel

Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente

Abelha, carneirinho...

Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa

Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum


PS: Essa música dá título ao segundo disco dos Novos Baianos de 1972. Adoro! Dizem que o nome "Acabou Chorare" surgiu a partir de uma história que João Gilberto contou ao grupo sobre sua filha, Bebel, misturar os idiomas português e espanhol, quando morou com os pais no México.
Ouvi demais esse disco na minha infância. Todas as músicas são ótimas!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

sábado, 17 de novembro de 2007

prêmio

Recebi o Prêmio Escritores da Liberdade do meu querido amigo Jens. Pois é, disse a mim mesma que não iria aceitar nenhum outro prêmio. Agora cá estou, divulgando a premiação: não estou em condições de rejeitar mimos. Obrigada, Jens. Você é um anjo. Olha só, tomei a liberdade de dar um colorido ao certificado só pra combinar com esse refúgio. Tudo bem?
Beijos e grata pelo carinho, viu?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

domingo, 11 de novembro de 2007

desalento

já não sei a quem falas
certamente não mais a mim

já encontraste um novo regaço
e eu
flor de lótus
jaz (mim)

sábado, 10 de novembro de 2007

bugigangas

susto eficiente é aquele que faz a gente
enxergar pela ótica da lua
***
se não há luar como o do sertão
que mal há em ser tão lunar?
***
chegou do sertão
trazendo sol e baião
me arreganhei todinha...
***
há samba na poesia
só não bebe quem é cego
***
faça um poema
coma a clara
e gema

do ar

procuro um verso alado
pago com gaivotas
e ventos de agosto

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

terça-feira, 6 de novembro de 2007

cabra da peste...

você confunde minha bunda
pensa que é a bunda das outras
mas veja bem, meu amor
nenhuma delas tem a marca
marca sem patente, sem precedente
a marca vermelha do teu dente
a marca da marca da tua mordidacabradapeste

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Amor no Planeta Vermelho

estou nua e crua
estou quente
úmida

e meu sexo de Vênus revira-se pelo avesso
nesse amor insano
ao Homem de Marte

domingo, 4 de novembro de 2007

Acho Que Te Vi Sorrir

Não me fale da morte
se nossa história foi de alegria
Apenas faltou-me a sorte
eternamente em euforia

Teu claro-escuro barroco
fez-me a mais feliz das mulheres
Se não posso te ter como louco
ao menos lava esses talheres!

Não se aborreça, meu amor
com a minha piadinha
Já disse que sou de humor
não faço drama, faço gracinha

E vou ficando por aqui
que não sou mulher de soneto
E teu amor que vejo sorrir
carrego como amuleto

sábado, 3 de novembro de 2007

continente, península, arquipélago e um mar vermelho...

Gente, nesse daí rolou tanta coisa... pincel, spray, esfuminho, aquarela, contraste, acaso, acaso, acaso...

eu te amo, porra...

aos cuidados da minha boca
você entrega
toda sua força armada

e eu, numa fome louca
m(amo) sua porra
até o fim dos mundos...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

o refúgio, meu lar virtual

"a casa abriga o devaneio, a casa abriga o sonhador, a casa nos permite sonhar em paz" (Gaston Bachelard).

Segundo o dicionário Aurélio: asilo, abrigo, apoio, amparo...

O refúgio: meu lugar seguro, meu canto, meu sótão.
O refúgio: meu ninho, minha casa, minha concha.
O refúgio: meu lugar do sonho, do pensamento.
O refúgio: meu lugar da alegria, da poesia, da melancolia.
O refúgio: meu lugar das paixões, minhas aventuras.
O refúgio: minha "imensidão íntima", dimensão salvadora.