
Em O Livro dos Abraços, Eduardo Galeano, escritor uruguaio, nos conta histórias que ouviu ou viveu durante suas andanças pela América, sobretudo América Latina. São 191 textos - entre pequenas histórias e pequenas (grandes) reflexões de Galeano - impressos, cada um, em, no máximo, duas páginas. Algumas histórias são doces e inocentes; outras, sensuais; outras, ainda, fazem rir; e como não poderia deixar de ser, Galeano também conta histórias da dor de quem viveu - ele, inclusive - uma ditadura militar, que não foram poucas na nossa latinamérica: histórias de exílio; de bravura; de saudade dos amigos; de perdas irreparáveis. Tudo escrito com muita singeleza sem, contudo, excluir o lirismo.
O Livro dos Abraços, com seus textos enxutos, consegue expor todo o calor, inquietação e dor da América Latina. Um livro que emociona, seja em momentos de inocência, riso, aflição, coragem ou paixão. Um livro que, como nas palavras do editor, "é delicado e afiado, como a própria vida. Pode afagar, pode cortar. Mas seja como for, como a própria vida, vale a pena".
2 comentários:
Galeano, há muito, faz parte do imaginário social da esquerda latino-americana. Acredito que seja um ótimo livro. Sua opinião reforça essa ideia.
Um abraço.
Oi Sandrix.
Valeu a indicação. Galeano é um dos grandes escritores da América Latina, um exímio contador de histórias. Se gostas de futebol, me permito te indicar o último livro dele que li: Futebol ao Sol e à Sombra, também composto de histórias curtas.
Um beijo.
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