segunda-feira, 19 de janeiro de 2009


Cai sem medo na escuridão selvagem

adere ao insano mais sagrado
deixando que a lâmina adule a pele
no rito do coito anunciado.
Flamejante dança de corpos
lumespasmo, pasmo!
O choro atravessado,
punge
unge
baba
o corpo inteiro baba
gléa, saliva,
golfada de porra.
Ensopados
meu corpo, seu corpo, torturados
rendem-se (sem escape)
ao assombro dessa fúria
que nos sorve nus.

6 comentários:

Moacy Cirne disse...

Forte. Belo. Envolvente.
Cortante.

Beijo.
Beijos.

Marcelo F. Carvalho disse...

Sandra Camurça cada dia melhor!

orlando pinho disse...

intenso
belo
pulsandra!

Jens disse...

Sandrix, estava sentindo falta de você. Agora, não mais. Teus versos, sempre ardentes e provocantes, aplacaram a saudade.
Beijo.

Conrado disse...

Muito legal! É bom descobrir novas cybers-leituras.
Explosiva, um suspense um belo furacão. Grandes letras!
ABS

BAR DO BARDO disse...

Um poema nu e cru e carnívoro e gostoso...