quarta-feira, 13 de abril de 2011

Contra a homofobia #eusougay


A arte acima é de Keith Haring, artista e ativista estadunidense, homossexual assumido, influenciado pelo grafitti. Haring faleceu em 1990 aos 31 anos de idade devido a complicações de saúde relacionadas a AIDS. Naquela época ainda se falava em grupos de risco, associando a AIDS aos homossexuais. Atualmente tod@s sabem - ou deveriam saber - que o que existe é comportamento de risco: AIDS não é doença de gay!

Mas não é sobre AIDS que quero falar e sim sobre homofobia. Pra mim está bem claro que essa violência gratuita contra homossexuais tem a ver com medo, medo por não entender quem pensa e sente diferente. Medo de se descobrir gay. Medo por não entender que ser gay não é opção sexual, ninguém decide que vai ser gay, simplesmente a pessoa É gay. E por isso ninguém pode influenciar alguém a ser gay. Esses agressores e assassinos, por mais ódio que demonstrem, na realidade são pessoas que sentem medo, sentem-se ameaçadas pelo desconhecido, não reconhecem - nem entendem - seu próprio medo e por isso partem para ações covardes. "A ignorância é vizinha da maldade".

Encontrei a arte acima na web e, apesar de se tratar de uma campanha de prevenção a AIDS, acho que as palavras nela contidas têm tudo a ver com homofobia: IGNORÂNCIA=MEDO. E silenciar diante de tal violência absurda pode levar a outras mortes: SILÊNCIO=MORTE.

ESTOU NA CAMPANHA
    
VAMO NESSA!!!   

PS: basta clicar no banner acima pra entrar no site da campanha e clique aqui para saber como participar.

14 comentários:

Halem Souza disse...

Tive um irmão homossexual. Faleceu em 1997, também de complicações decorrentes da AIDS. Era um dançarino habilidoso e ótimo desenhista. Sei que sofreu muito com o preconceito fora e também - o que mais me entristece até hoje - dentro da nossa família.

Tenho o hábito de não participar de campanhas via Internet. Mas acho significativa esse tipo de ação.

Um abraço.

Loba disse...

bom dia, moça!
tou levando as imagens e colocando um link pro seu blog, tá?
beijo!

o refúgio disse...

Halem, querido

Lamento. Nunca perdi alguém, que me seja próximo e querido, de AIDS. Mas recentemente descobri que uma amiga de infância é soropositiva. Por enquanto ela está bem e espero que continue por muito anos assim.

O preconceito é terrível, principalmente quando acontece dentro da própria família. Tenho amigos gays e sei o quanto eles sofrem por isso.

Quanta a campanha resolvi participar porque sou uma ativista muito preguiçosa, rs...na verdade nem me considero uma ativista, mas via net é bastante cômodo.

Bom te ver por aqui, tava com saudades.

Beijo

o refúgio disse...

Loba-gata (rs... inventei um bicho), bom dia procê tb, vou lá conferir.

Beijo

Jens disse...

Oi Sandrix.
Tempos atrás produzi um jornal cuja principal chamada era: "Tolerância entre diferentes." No caso fazia referência às pessoas portadoras de deficiência. A manchete continua atual e apropriada para um universo mais amplo, haja vista a intolerância racial, sexual, religiosa e política que hoje grassa entre nós (como sempre, copiamos o que não presta dos gringos).
Em relação especificamente aos homossesuxuais, concordo com a tua observação de quem, em muitos casos, a ojeriza aos gays é ódio ao sujeito que se oculta no íntimo do indivíduo preconceituoso.
A propósito, lembrei de dois personagens reais da história dos EUA. O primeiro é advogado Roy Cohn, assessor do senador Joseph MacCarty - caçador de comunistas - que era anti-semita e homofóbico radical, sendo ele mesmo judeu e gay. Ou seja, o cara odiava a si próprio. Morreu de Aids.
O outro é J. Edgar Hoover, o chefão do FBI que igualmente odiava gays, negros, judeus e comunistas. Quando morreu soube-se que seu assistente Clyde Tolson foi também seu amante por vários anos. Ah, o durão gostava de se vestir de mulher.
O jornal de que falei foi editado por ocasião do Fórum Social Mundial em 2002, cujo slogan era (é) "Um outro mundo é possível". Mas para chegar lá vamos precisar de uma mãozinha de Freud, entre outros.

Beijo.

Jens disse...

PS: revisa o texto mentalmente. Tô na correria. Atrasado, como sempre.

o refúgio disse...

Jens, é muito louco isso da pessoa ser gay e ser homofóbica. Imagino que essas figuras devem sofrer um bocado, um sofrimento silencioso e solitário. É como um negro ter preconceito com relação a sua própria raça (o que é mais comum do que se imagina).

Acho que faltou falar muita coisa nesse meu texto, escrevi um pouco apressada.

A propósito, acho lindo o slogan do Forum Social Mundial: "Um Outro Mundo é Possível".

Beijo, lindo

Marcello disse...

Contra o medievalismo e o ódio, mobilização e unidade. E, nossa, como eu sou gay!
Abração, Sandra.

o refúgio disse...

Somos, Marcello! :)

Beijo

lula eurico disse...

Bom dia, Sandra.
Eu te li na Lobinha e vim te visitar.
Permita-me dizer que tudo isso começa na falta que faz o amor, o amor fra/terno.
Bastaria que nos amássemos, e toda discriminação e preconceito cessaria.
Um outro mundo é possível.
E "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã"...

Abraço fra/terno.

o refúgio disse...

Eurico, grata pela visita.
Você tem toda razão, todo problema estã na falta de amor, o mais puro deles, o amor fraterno.
Abraço!

Vais disse...

Adorei, Sandrinha, esta postagem
e estas igualdades dizem muito
IGNORÂNCIA=MEDO
SILÊNCIO=MORTE
é medo, medo, medo, a sociedade faz isto, as igrejas evangélicas(fico vendo que muito mais, pelo menos do que convivo)e outros tantos segmentos machistas são o caos da destruição da liberdade.

E a versão Mantra, heim? gostamos né?

super gostei do 'sem título', vi um perfil(ahaha êta perfis!)de cabelos negros cacheados

Sabe quem tá curtindo o paint.net? a toda linda da Juju, beijo pela dica

inté mais minha querida e doce
beijinhos muitos

o refúgio disse...

Vais, flor
grata, grata! massa que a Juninha tá curtindo o paint.net, depois quero ver as artes dela e as tuas também que sei que tu vais brincar, né não? :)
muitos abraços e beijinhos!

Raquel Amarante disse...

Blogueira autêntica!
É isso aí!!
bJO