sábado, 31 de março de 2012

Belle and Sebastian

Belle and Sebastian é uma dessas bandas independentes tipo "fofa" que faz um pop melancólico com letras intimistas. Às vezes lembra The Smiths...

Nascida em Glasgow, Escócia, em 1996, a banda tem o nome de um livro infantil francês que narra a história de um garoto, Sebastian, e seu cachorro, Belle. A música a seguir, Seeing Other People, é do segundo disco da banda, If You're Feeling Sinister (1997), e uma das mais alegrinhas, pelo menos na melodia... Curto um bocadinho :) Seeing Other People by Belle & Sebastian on Grooveshark Seeing Other People by Belle and Sebastian on Grooveshark

E olha só que gracinha de animação! Uma  versão de uma música dos Primitives (banda britânica dos anos 80) feita pelo B&S. A cidade que aparece de fundo (será Glasgow?), com rios e pontes, até lembrou Hellcife :P



Belle and Sebastian





quarta-feira, 28 de março de 2012

fanZines na revista Overmundo


A revista digital Overmundo nº5  traz uma matéria muito bacana sobre a história d@s fazines - Do papel ao silício, marginais como sempre, na superfície como nunca -  escrita pelo jornalista e zineiro Pirata Z (Marcelo Carota).

Pra quem curte o "do it yourself" ou, em bom português, "faça você mesmo", eu recomendo!

Além da matéria sobre fanzines, a revista ainda traz matérias sobre ciberativismo, música, arte...


E pra quem ainda não sabe...
"Overmundo é um website colaborativo sobre a cultura brasileira lançado em março de 2006 com o objetivo de dar visibilidade na internet à produção cultural brasileira que não é vista na grande mídia. Ele conta com artigos, um guia cultural das cidades brasileiras, uma agenda cultural e um banco de produtos culturais digitais. Qualquer visitante pode criar uma conta e publicar, votar ou sugerir edições ao conteúdo do site.
O mecanismo de votação é à primeira vista similar ao do site norte-americano Digg, mas em lugar de permitir a publicação de links externos comentados, permite aos usuários a publicação do próprio conteúdo nas diferentes seções. Além disso, o conteúdo permance por 48h "em edição", quando outros usuário poderão fazer sugestões relativas ao seu conteúdo, e outras 48h em votação, quando a comunidade do site decidirá se o conteúdo será publicado ou não. Todo o conteúdo publicado usa obrigatoriamente uma licença Creative Commons.
O website recebeu em 2007 o prêmio Golden Nica, a principal premiação do festival Ars Electronica, na categoria Digital Communities, e conta com mais de 1 milhão de visitantes únicos por mês.
O nome, apesar de sugerir ligação com a palavra "over" em inglês, é oriundo de um poema do modernista brasileiro Murilo Mendes.
Fonte: Wikipedia

PS: Antes de criar o blog o refúgio em 2006, alguns poemas e textos meus foram publicados lá no site da Overmundo.

Segue um som de uma banda que Marcelo Carota (Pirata Z) simplesmente AMA!!!
Nada mais, nada menos que... THE CLASH!!!




"Viver é desenhar sem borracha" Millôr (1924 - 2012)

terça-feira, 27 de março de 2012

Voltei

Mania torta essa que eu tenho de me auto-punir  me privando das coisas que mais gosto de fazer. Uma delas: postar!
Nem uma semana de abstinência d'o refúgio... Tem jeito não, sou viciada!

Vai um som aí?

segunda-feira, 19 de março de 2012

saindo da blogosfera

Caros & Caras,

Fiz o download d'o refúgio e vou excluí-lo da web por um tempo. Fazia tempo que já estava pensando em excluir o blog mas não sabia da possibilidade de fazer o download e não queria perder os posts: muitos deles, para mim, têm um valor sentimental imenso.
Qualquer dia eu volto.
No mais, felicidades a tod@s!
Até!

PS: Esqueci de dizer, o Almanaque 68 continua. Não tenho produzido nada por lá mas vez em quando posto umas imagens (fotos, artes, cartazes...) bacanas e também rola uns sons...

sexta-feira, 16 de março de 2012

Alessandra Leão


Devo confessar, tenho preferência por sons mais urbanos, fusão de rock, pop, soul, funk, samba... Mas também sei me encantar por um som de raiz, que remetam a Zona da Mata. e/ou Agreste. Daí meu apreço pela extinta banda Mestre Ambrósio, Siba e a Fuloresta o Samba, Coco Raízes de Arcoverde, entre tantos artistas.

Alessandra Leão é uma cantora e compositora pernambucana que traz em seu trabalho a marca dos sons de raiz sem se apegar totalmente à tradição. Ex-integrante da banda Comadre Fulozinha,(que Karina Buhr também integrava), Alessandra lançou em 2006 seu primeiro cd solo - produzido por Rodrigo CaçapaBrinquedo de Tambor, que teve duas música incluídas na playlist do ex-Talking Heads, David Byrne. Seu segundo cd, Dois Cordões (2009) - co-produzido por ela e Caçapa - é um belo trabalho com uma forte presença do samba de terreiro - o som dos ilús estão ali presentes para não me deixar mentir - unido ao sons suaves de guitarra elétrica. Alessandra também é dona de uma voz com sotaque e timbre bem regionais e é uma excelente percussionista: toca diversos instrumentos de percussão. Eu mesma já tive o prazer de ver essa moça tocando, ao vivo, um pandeiro... Divino! Ou melhor, divina! Alessandra é divina!

Abaixo, o soundcloud de Dois Cordões e um vídeo de estúdio da música Varanda.



quarta-feira, 14 de março de 2012

A Arte de Saul Bass



Sequência de créditos de abertura do filme A Volta ao Mundo em 80 Dias (1956) - baseado na obra homônima de Júlio Verne - criada por Saul Bass (1920-1996), judeu americano, designer gráfico e cineasta. Bass criou diversas dessas sequências para filmes de diretores famosos como, Hitchcock (Vertigo), Kubrick (Laranja Mecânica), Otto Preminger (O Homem do Braço de Ouro), entre tantos outros filmes e diretores.

Quem gostou pode encontrar outras sequências de aberturas de filmes criadas por Saul Bass no youtube.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Bambas Dois


Estou atrasadíssima em divulgar isso mas antes tarde do que nunca!

Bambas Dois é um projeto do produtor e músico Eduardo BiD que produziu, entre tantos cds de artistas, o disco Afrociberdelia de Chico Science & Nação Zumbi.

Bambas Dois foi lançado em outubro do ano passado e trata-se de um livro-cd em que BiD trabalha com a fusão de sonoridades do nordeste brasileiro com sons da Jamaica. O disco conta com 14 faixas e o livro, com mais de 80 páginas sobre o projeto desenvolvido entre Brasil e Jamaica. Quando soube desse projeto lembrei imediatamente de um depoimento de Gilberto Gil onde diz que Luiz Gonzaga, quando ouviu pela primeira vez um reggae, comentou: "Esse tal de reggae é um xotezinho muito do safado". Apesar do comentário ter um quê de zombaria, demonstra que o Rei do Baião reconhecera semelhança entre aquele som jamaicano e o nosso xote. Ou seja, esse projeto do BiD é uma grande sacada!

Para a realização de Bambas Dois, Eduardo BiD reuniu um bocado de bambas do Brasil e da Jamaica. Daqui convidou Dominguinhos, Chico César, Lúcio Maia, Dengue e outros da Nação Zumbi, Karina Buhr, Luiz Melodia, Céu, entre tantos mais. Da Jamaica, Kymani Marley, Sizzla Kalongi, Stick (The Wailers), The Heptones, entre outros.

O site do projeto é lindo! Com ilustrações inspiradas nos cordéis nordestinos, fotos, vídeos, um dicionário de percussão brasileira, ficha técnica, etc.
Segue abaixo todas as faixas de Bambas Dois e em seguida um trailler.

PS: destaque para World Cry (Al Fayah Mix) com Karina Buhr.





quinta-feira, 8 de março de 2012

CéU


Nesses anos 2000 são tantos os cantores e cantoras novos que surgiram que não estou dando conta de acompanhar.  Thiago Pethit, Tiê, Kassin, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci,  Karina Buhr (solo), entre outr@s. É uma moçada nova por volta dos seus trinta e poucos anos muito talentosa e eu sem tempo de abraçar tudo, de ouvir com a atenção que sempre gostei e gosto de ouvir. Porque como já falei, em um texto aqui no refúgio, gosto de parar para ouvir música mas isso se tornou quase impossível. Por isso estou escrevendo este post ouvindo a mais nova pérola musical brasileira: Caravana Sereia Bloom, terceiro disco da cantora paulistana Maria do Céu, ou simplesmente CéU

Como já disse, ouvir e acompanhar os novos talentos tá bem difícil. E com CéU não é diferente, conhecia quase nada do trabalho dessa moça. Esta semana comecei a ouvir um pouco mais dos seus dois primeiros discos mas me detive mais (e é ele que estou ouvindo agora) em Caravana Sereia Bloom (2012), um disco de inspiração "pé-na-estrada", com as influências várias que essa moça tem de MPB, samba, reggae, rock sessentista/setentista, jazz... O prazer que tá me dando em ouvir a CéU é muito parecido quando ouvi pela primeira vez os primeiros discos da Gal Costa ou os primeiros da Marisa Monte. Mas a voz da CéU é um pouco rouca o que dá um charme especial às canções.  Além disso a moça compõe (e bem!), é criativa, não tem medo de experimentar e também se envolve com a produção do disco, produzido por ela e seu companheiro, Gui Amabis, um craque em produção, antenado com as novas/antigas tendências - afinal ser original é voltar às origens - e texturas sonoras.

Ainda não comprei o disco, estou ouvindo pela net, por isso não sei sobre a ficha técnica, mas dando uma olhada em várias resenhas por aí sei que tem participação da guitarra de Fernando Catatau, da banda Cidadão Instigado; do maestro Edgar Poças (pai da CéU); de Pupillo, baterista da Nação Zumbi, entre outros. Por falar na Nação Zumbi, a Céu tem uma relação bem bacana de parceria musical com os mangueboys, ou melhor, manguemen (afinal os meninos cresceram, né?).Seu disco anterior, Vagarosa (2009) tem participação de peso de Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo) e Pupillo (bateria). Além de composições da própria CéU e de Gui Amabis, Caravana... ainda tem músicas de Nelson Cavaquinho (Palhaço), Lucas Santtana (Streets Bloom) e Jorge dü Peixe (Chegar em Mim).

Eis um link para ouvir as músicas de Caravana Sereia Bloom http://www.vagalume.com.br/ceu/discografia/caravana-sereia-bloom.html

Segue o vídeo da música Retrovisor, primeiro single de Caravana......

Atualização em 14/03/2012:  Vale a pena ler a resenha da revista Rolling Stone (Brasil) sobre Caravana Sereia Bloom: http://rollingstone.com.br/guia/cd/caravana-sereia-bloom/

quarta-feira, 7 de março de 2012

Rua de Mão Única (fragmento)

Water Benjamin (1892-1940)

Criança Andando de Carrossel

A prancha com os animais prestadios gira rente ao chão. Tem a altura em que melhor se sonha voar. Começa a música e num solavanco gira a criança, afastando-se da mãe. Primeiro, ela tem medo de deixar a mãe. Mas, em seguida, nota como ela própria é fiel. Ocupa o trono, como fiel senhor, sobre um mundo que lhe pertence. Na tangente, árvores e nativos formam alas. Então, em um oriente, emerge novamente a mãe. Em seguida, sai da floresta virgem um cimo, tal como a criança já o viu há milênios, tal como o viu pela primeira vez, justamente, no carrossel. Seu animal lhe é dedicado: como um Arion mudo ela viaja sobre seu peixe mudo, um Zeus-touro de madeira rapta-a como Europa imaculada. Há muito o eterno retorno de todas as coisas tornou-se sabedoria de criança e a vida, uma antiquíssima embriaguez de dominação, com a retumbamte orquestra, no centro, como tesouro da coroa. Se ela toca mais lentamente, o espaço principia a gaguejar e as árvores começam a voltar a si. O carrossel se torna base insegura. E emerge a mãe, a estaca multiplamente cravada, em torno da qual a criança que chega em terra enrosca a amarra de seu olhar.

Walter Benjamin, Rua de Mão Única, Obras Escolhidas, vol. 2, 1ª edição, Ed.Brasiliense, São Paulo, 1987.

domingo, 4 de março de 2012

Lucas Santtana



Tenho ouvido com bastante frequência O Deus que Devasta mas Também Cura (2012), quinto disco de Lucas Santtana, baiano, radicado no Rio há mais de dez anos.

Conheço o trabalho do Lucas desde seu primeiro cd, Eletro Ben Dodô (2000). De lá pra cá, por diversas razões, não consegui acompanhar/ouvir todos os seus trabalhos mas desde o ano passado retomei a audição de suas músicas, ouvindo seu quarto disco, Sem Nostalgia (2009), muito bom! O trabalho do Lucas é reconhecido internacionalmente. Mas, infelizmente, pouco conhecido em nosso próprio Brasilzão.

Não pretendo fazer uma crítica musical acerca do trabalho desse moço, até porque nem tenho competência para isso, Mas só queria dizer que o Lucas Santtana é um desses casos raros em que o artista consegue, maravilhosamente, unir a influência da tradição da música brasileira - no seu caso, muito da boa música baiana (Caetano Veloso, Novos Baianos, Moraes Moreira...) - à música do mundo, do pop, passando pela eletrônica, ao afrobeat... Sem falar no funk carioca e o tecnobrega do Pará.

Parafraseando Chico Science, arrisco dizer que o Lucas segue o lema, O Brasil embaixo dos pés e minha mente na imensidão...


O disco é delicioso, do início ao fim, e em várias músicas o Lucas uniu sons eletrônicos a arranjos de orquestras sinfônicas, sem falar nos samples de Beethoven, Debussy e Ravel, utilizados por ele. Dedicado a sua ex-companheira, Anna Dantes, o disco ainda conta com participações especiais de Josué Santtana (seu filho de 9 anos), Céu, Guizado, Gui amabis, Rica Amabis, Dengue (baixista da Nação Zumbi), entre outros.

Segue abaixo uma das faixas que mais gostei principalmente porque adorei ele cantando em falsete na estrofe final. Talvez ainda seja cedo para dizer isso mas, pra mim, já é um dos Discos do Ano!

Quem quiser ouvir e fazer download pode acessar o facebook do Lucas Santtana mas ele pediu aos blogueiros que baixem o disco em http://www.mediafire.com/?dz33if5317xsimz  para ter controle sobre a quantidade de downloads. O disco ainda não existe como objeto físico mas foi disponibilizado na internet, pelo próprio Lucas, na última terça-feira. Ah, o blog do Lucas Santtana é o Diginois.

Jogos Madrugais by Lucas Santtana on Grooveshark

Atualização 14/03/2012: consegui o soudcloud do disco todinho!



Diário de um Louco (fragmento)

Nicolai Vassiliévitch Gogol (1809-1852)

Madri, 30 de fevereiro

(...) Mas eu fiquei profundamente desolado com um acontecimento que deverá ocorrer amanhã. Amanhã, às sete horas, se dará um estranho fenômeno: a Terra sentará sobre a Lua. O célebre químico inglês, Wellington, fala a respeito. Confesso que senti uma viva inquietação quando imaginei a delicadeza e fragilidade extraordinária da Lua. Sabemos que a Lua é feita habitualmente em Hamburgo e de um modo abominável. Fico estarrecido que a Inglaterra não preste atenção nisso. É um tanoeiro manco que a fabrica e é claro que este imbecil não tem a menor noção da Lua. Ele coloca um cordão asfaltado e uma medida de óleo de oliva; espalha-se então sobre toda a Terra uma tal fedentina que é preciso tapar o nariz. Daí resulta que a própria Lua é uma esfera tão delicada que os homens não podem viver nela. No momento ela é habitada tão somente por narizes. Eis a razão pela qual não podemos ver nossos narizes: eles estão todos na Lua. (...)

Nicolai Gogol, Diário de um Louco (1835-36), L&PM , 2000.



sábado, 3 de março de 2012

de Lau Siqueira


Uma folha impressa disse para a outra: 
"- Nunca mais seremos as resmas!"






o bom poema
é o que arranca
a pele


(apele não
eu disse a pele)



o bom poema
nem sempre é
lindo



... bueno
já expliquei



(vou indo)