quinta-feira, 20 de março de 2008

Poema de Rita Cavalcante

(in Poética, Porto Alegre-RS)

podia ser de março
pau, pedra, temporal
80% do meu corpo
a gota que falta pro final
berço de jangada e boto

podia banhar a menina que passa
espelho de lua com rã ancestral
podia ser chuvinha miudinha
podia chover sem parar
Odoiá, Yemanjá
podia encher a maré
abrir-se pelas mãos de Moisés
guardar o sal nas lágrimas de Portugal
agigantar-se, quase terra
sob aurora boreal
podia faltar, até

se não fossem seus olhos
azul seria só água

6 comentários:

Rita Cavalcante disse...

Que honra!!! Eu aqui refugiada...

Sandra, muito obrigada pelos olhos e palavras repletas de delicadeza.

Beijos

o refúgio disse...

RITA, a delicadeza é toda sua e a honra é minha. Moça, você é uma poeta maravilhosa! Beijo, querida.

Ana Schirmer disse...

Bom feriado, Sandra! :)

Anônimo disse...

AAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!

Anônimo disse...

AAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUU!!!!

Cássio Amaral.

Marcelo F. Carvalho disse...

Belíssimo achado, Sandra!
Abraço forte!