quinta-feira, 8 de setembro de 2011

eu capim

cresce em mim
uma vontade capim
de deitar na terra
podia ser vontade flor
assim feito jasmim
mas tenho vocação de pasto


ser comida de gado
ser lambida e mastigada
certamente, além de doido
é desejo pouco casto

5 comentários:

Ulisses disse...

Tu precisar ler Glauco Mattoso!

o refúgio disse...

rsrs... já li alguns poemas. Por quê? Lembrou dele, foi?

luiz gustavo disse...

percebo
sonhos da tarde arderem
segredos aos flancos:

- unhando-se...

.................................

Sandra:

sua poesia incendeia. teus poemas são flamejantes palavras bêbadas.
que nos dão calafrios. aqui estou num arrepio só. num último tremor nesta tarde-noite. tuas palavras me tecem me retecem me remetem ao
ao céu e ao inferno como se algo
tão fósforo.

és poeta de relâmpagos. tens fô-lego de baleia. és poeta densa e
tensa. tua poesia tem tesão. vai
a passos largos. tua poesia jorra.

parabéns poeta.

luiz gustavo

o refúgio disse...

Nooooossa. E agora, Luiz? Nem sei o que dizer. Olha, sem falsa modéstia, minha poesia não é tudo isso não, viu? Mas agradeço o comentário.
Ah, gostei de "unhando-se" :)

Ana disse...

Adorei!