domingo, 22 de outubro de 2006

grelo falante


Ela tinha um grelo falante, a Rosa. É, ela tinha um grelo falante. É verdade, cara.
A Rosa tinha um grelo falante e quanto mais ela mexia no grelo mais ele falava, crescia, inchava e ficava mais vermelhinho. Quem já trepou com a Rosa sabe disso. Pode perguntar. Ela tinha um grelo falante, sim. E toda noite ela se deitava na cama, abria as pernas e começava a brincar com o grelo. Grelo doido, sem grilo. Grelo sem pudores, cheio de odores amores. E a Rosa umedecia ele: colocava o dedo médio na boca, molhava de saliva, resvalava a mão até o grelo e começava a friccioná-lo. O grelo ficava animadíssimo e começava a falar: vai Rosa, faz assim, faz assado...

Ô grelo danado, fogoso. E a Rosa não tinha o menor controle sobre aquele “bichinho”. E graças a ele a Rosa tinha orgasmos, espasmos deliciosos. O bacana é que o grelo ajudava os amantes da Rosa a descobrirem o ponto e o ritmo certo para a moça ficar bem excitada e molhada. Dizia para eles lamberem assim, para eles massagearem assado. Era uma coisa fantástica! Sorte dessa moça ter um grelo como auxiliar de gozo. Mas um dia a Rosa arrumou um namorado eloqüente pra dedéu e o grelo ficou meio intimidado e calou-se para sempre. Aí foi a vez da Rosa falar: vai Rodrigo, faz assim, faz assado, assim-assado...


Desenho de Gustav Klimt (1862-1918)

2 comentários:

Anônimo disse...

Nos anos 80 li uma história em quadrinhos em que o personagem principal era um pênis (pênis, que nome esquisito, onde foi parar o velho e bom pau?)que seria o companheiro ideal para o grelo da Rosa.
Legal a historinha. Um abraço e uma boa semana.

Sidnei Schneider disse...

Muito boa essa! E passei para uma amiga que havia me revelado muito dos seus silêncios. Beijão!