segunda-feira, 16 de abril de 2007

Arte do chá

de Paulo Leminski


ainda ontem
convidei um amigo
para ficar em silêncio
comigo

ele veio
meio a esmo
praticamente não disse nada
e ficou por isso mesmo




7 comentários:

Anônimo disse...

Puxa, Sandrinha, este poema veio a calhar para o meu estado de espírito: ontem precisava, e como!, de um amigo para conversar em silêncio.
Um beijo e um abraço.

Moacy Cirne disse...

Leminski é um dos grandes poetas brasileiros da segunda metade do século passado. Divulgá-lo, como você o faz, é sempre estimulante. Um beijo.

Márcia Maia disse...

e a gente ia perder da 'coisa'?! claro que não! teve um gostinho cbom demais, hein? ;)

beijo e beijo. tricolor, é claro.

Marconi Leal disse...

O poema é bom, mas aquele símbolo de um suposto time de futebol, que fica à direita do blog e só agora eu vi, é ridículo. Beijos.

Moacy Cirne disse...

Eita pau pereira! Quero ver agora como é que vai ser: de um lado, o Santinha, do outro o Leão do Norte. E o Náutico, hem? Ainda bem que todos vocês são amigos... Beijos.

Anônimo disse...

Missa profana
Emília Casas

Nesta hora santa,
orai em meu altar de linho.
Dominus vobiscum!
Meu senhor está em mim.
Bendita sou entre as mulheres!
Alisai-me com carinho,
Curvai-vos,
Beijai meu ventre
E entre orações
E cantos
Explorai meus encantos.
Abri minha alma-missal:
Sou a boa-nova
Que se renova a cada leitura
Em mim, profana escritura.
Tomai meu seio:
É o vosso pão,
Pão da vida
Retorcida de prazer.
Comei-o com sofreguidão.
Levai meu cálice à boca,
Bebei do vinho que escorre.
Quem bebe deste vinho
Só morre de amor.
Vinde a mim,
Vosso reino,
Sou ofertório inteiro.
Comungai...comungai meu prazer
Amai-me
- Amém.
(Ao ler, pensei te ler, Dona Menina).

Anônimo disse...

Acantha; Que coisa linda!!!Não mereço tanto, menina!

Beijos, muitos beijos!