a vida
de um jeito torto
entrou em ritmo lento
sem muito conforto
paro, dou um tempo
e celebro meu corpo
antes vivo
do que morto!
PS: esse poeminha é pra marcar minha pouca mobilidade temporária, pisei de mau jeito, torci e fraturei o tornozelo. mais um mês de gesso... coisas da vida...
2 comentários:
Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
A duplicada púrpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram vôo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.
Pablo Neruda
Grande Neruda! Grande Luiz!
Grata pelo carinho, querido:)
Beijos
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