sábado, 27 de agosto de 2011

slow motion

a vida
de um jeito torto
entrou em ritmo lento


sem muito conforto
paro, dou um tempo
e celebro meu corpo
antes vivo
do que morto!



PS: esse poeminha é pra marcar minha pouca mobilidade temporária, pisei de mau jeito, torci e fraturei o tornozelo. mais um mês de gesso... coisas da vida...

2 comentários:

Luiz Neves de Castro disse...

Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.

Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,

Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.

Tua cintura e teus seios,
A duplicada púrpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram vôo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.

Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.

Pablo Neruda

o refúgio disse...

Grande Neruda! Grande Luiz!
Grata pelo carinho, querido:)
Beijos