quarta-feira, 1 de novembro de 2006

O SOL (67/68)



“Eu acho que o que fica dessa experiência é que dá sempre para você fazer e tentar, experimentar os horizontes do possível. Nossa parte, bem ou mal, nós fizemos. Agora tem que fazer. De preferência diferente. De preferência melhor”. Zuenir Ventura falando sobre a geração 67/68 no Documentário O SOL de Tetê Moraes e Martha Alencar.

Assisti ontem esse documentário, muito bacana! O SOL, para quem não sabe, foi um jornal alternativo que só durou seis meses entre os anos de 67/68. Funcionou como um jornal-escola onde muitos jovens exercitaram sua liberdade de expressão. Sabe aquele trecho de Alegria, Alegria do Caetano em que ele diz: “O sol nas bancas de revista, me enche de alegria e preguiça, quem lê tanta notícia...”, pois é, era O SOL – o jornal. Essa geração, que hoje está na faixa dos 60 anos, ousou um bocado, desafiou toda a caretice pequeno-burguesa. Ousaram sonhar e ainda sonham... No documentário estão presentes, além de Zuenir Ventura, Chico Buarque, Caetano, Gil, Carlos Heitor Cony, Vladimir Palmeira, Ruy Castro, Hugo Carvana, Ziraldo e outros(as). Geração arretada! Que muito admiro e me identifico. E pensar que em 67 eu nem sequer tinha nascido...

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Sandra: Através d'O Sol,em dezembro de 1967, o movimento do poema/processo - do qual eu participava - foi lançado no Rio de Janeiro. Um número inteiro dedicado aos projetos do poema/processo, que também seria lançado, através de exposição, em Natal, na mesma data. Também fizemos uma grande exposição, na ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial), em terras cariocas. O Sol, de fato, era leitura obrigatória para todos nós. Mas ainda não vi o documentário. Um beijo.

Anônimo disse...

Já leste o "1968, o ano que não terminou", do Zuenir, dona moça? Muito bom. Esses tempos também mexem muito comigo. Beijos.

o refúgio disse...

Bacana, Moacy! Lembrei muito de você e do movimento poema/processo. Beijos.

o refúgio disse...

Li sim, Seu Moço. Quando completei 20 anos de idade ganhei de presente da minha irmã mais velha porque nasci em 1968 (adoro dizer que nasci nesse ano). Beijos.