quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Que sabor?

Que sabor, que sabor
terá a porra do meu amor?
sabor de leite ou de fel
ou aguardente com mel?

Que sabor, que sabor
terá a porra do meu amor?
sabor de sonho, devaneio
fantasia, eu creio

Que sabor, que sabor
terá a porra do meu amor?
sabor de trio ternura
ou tesão com doçura?

Que sabor, que sabor
terá a porra do meu amor?
sabor de espera, esperança
aceita essa contradança?

Que sabor, que sabor
terá a porra do meu amor?
sabor de entrega e vertigem
espana essa fuligem!

Que sabor, que sabor
terá a porra do meu amor?

sabor de rasgos de ousadia
de correr riscos por um dia?

Que sabor, que sabor?

Paixão afoita, exagerada,
desmedida, desenfreada
Oh, já não se fazem paixões
como antigamente...

2 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo poema, Sandra. Posso publicá-lo no Balaio, oportunamente? Um abraço.

o refúgio disse...

Claro, Moacy. É sempre uma honra ver um texto meu no Balaio. Um abraço.