segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

wu-ming

Wu-ming é um coletivo de escritores que funciona como uma empresa de serviços narrativos (romances, guias, reportagens para órgãos de comunicação). Apesar do nome em mandarim (wu-ming quer dizer “sem nome”) não são chineses mas sim italianos. Adotaram esse nome porque não gostam da idéia de celebridade nem do "gênio" solitário. Interessam-se por deslizes de identidade, heteronímias e táticas de comunicação-guerrilha. Criticam a lógica do direito autoral e trabalham com a idéia de open source e software livre. Sua conduta é “estar presente mas não aparecer: Transparência para com os leitores e opacidade para com a mídia”(Wu-ming). Isto não significa que não dêem entrevistas e apresentem publicamente seus livros. Mas não gostam de serem fotografados, ao invés disso pedem para divulgar seu logotipo composto por dois ideogramas. A escolha do nome chinês também se deve ao fato de acreditarem que o futuro da humanidade depende do que acontecerá às margens do Pacífico, “É aqui que se joga quase tudo, tanto em termos de catástrofe global (humana, ambiental...) quanto em termos de pesquisa de alternativas. É aqui que o imaginário do planeta vai se deslocando”(Wu-ming). Quanto às histórias o Wu-ming se interessa não por grandes personagens mas pela multidão, “a multidão anônima e rumorosa dos eventos, destinos, movimentos e vicissitudes” (Wu-ming). Valoriza a cooperação social e a potência do coletivo tanto nas narrativas (conteúdo) quanto no próprio ato (produção) de narrar.
Como diz Michel Maffesoli (O Tempo das Tribos): “é do segredo compartilhado que se mantém vivo um grupo” ou ainda “a solidariedade surge de um sentimento compartilhado”.

Bacana, não? E não esqueçamos que em Macau se fala português.

Quem quiser saber mais visite o sítio :
http://www.wumingfoundation.com

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