A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
2.
Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até refechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
2.
Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até refechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.
PS: apesar de ter abandonado a arquitetura esse poema continua me emocionando.
5 comentários:
Sandra,
não conhecia esse poema. Adorei!
Tô numa onda super arquitetônica ultimamente. Fazer o quê? Estou imersa num projeto de escola e feliz da vida!
Beijos
João Cabral sempre emociona, minha cara amiga. E a logomarca de seu Refúgio está mais vibrante do que nunca. Beijos.
Sandrix:
João Cabral é um dos nossos gigantes. Clap! Clap! Clap!
Beijo.
Só emociona.
Ótima lembrança.
Beijão
o mais claro e lúcido dos nossos poetas! um dos meus deuses!
bem oportuno sandra, trazer o cabral pra cá. onde ele des-refugia-se. muita gente ouviu falar, mas precisa conhecê-lo, de fato.
besos besos
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