Não me fale da morte
se nossa história foi de alegria
Apenas faltou-me a sorte
eternamente em euforia
Teu claro-escuro barroco
fez-me a mais feliz das mulheres
Se não posso te ter como louco
ao menos lava esses talheres!
Não se aborreça, meu amor
com a minha piadinha
Já disse que sou de humor
não faço drama, faço gracinha
E vou ficando por aqui
que não sou mulher de soneto
E teu amor que vejo sorrir
carrego como amuleto
6 comentários:
Não é de soneto, mas é de quadras,
bem feitas.
Mas também uma mulher moderna.
Cá em casa também lavo os talheres.
Oi, Sandra, Gostei bastante de suas últimas postagens, especialmente do "eu te amo, porra". E tem surpresa pra você no P/P. Beijão.
POETA
A vida do poeta tem um batimento disforme
E um momento pendular de subir e descer, ofegante.
O poeta é o cavalo do enxerto do sofrimento
Das dores inexplicáveis, mas que lhe fartam os olhos de candura.
O poeta tem a alma de uma parte do universo prescrutado
O invisível que ninguém imagina e não se compreende.
Ele é o eterno caminhante por veredas irreconhecíveis
Por onde passa, socando a terra com os olhos para o céu
Coberto pelo espesso fim aonde não se chega
Ensolarando com o seu próprio raio a vista da vida.
O poeta tem o coração minúsculo dos pássaros,
E a inabilidade das pequenas crianças.
O poeta sofre, chora, e passa a mão nos olhos
Pranteia leve, com lágrimas de néctar, de águas coadas
Olhando o ermo, imenso, espaço do seu espírito.
O poeta ri-se, e ri naturalmente
Sorri para a vida, para a boniteza, para o carinho
Sorri com suas lembranças da mocidade, melhor que agora
O poeta tem uma alma de bondade.
Ele ama as mulheres todas as mulheres puras e tocadas
Sua alma lhes entende na luz de suas impurezas
É repleto do amor aos reveses da vida
E é de amabilidade para os gestos da morte.
O poete não se esquiva ao presumir a morte.
Seu sentimento adentra a sua percepção calma
E o seu poder criador de poeta tê-la cheia de muitos enigmas,
E a sua poesia é o sentido de sua permanência
Ele o constrói imenso, ornamentado e pobre
E o afaga em vendo-o sôfrego e o acalma na agonia.
A vida do poeta tem um batimento indecifrável
Ela o leva andarilho pelas veredas, calcando o chão e mirando o céu
Enclausurado, eterno, dos limites invisíveis.
Um beijo
Naeno
adorei o visual do blog e o sonetinho despretensioso...
bj
ricardo
ADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREIADOREI!!!
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