esse poema nasce
apesar de
nasce porque insiste
não sabe a que veio
mas em meio a dúvida
existe
não pulsa não bate
nem combate
nasceu de inutilidade
esse poema existe
apesar de
não é carne não é osso
o que canta o que sente
não ouço
6 comentários:
Sandramiga,
o poema sempre sabe mais do que a gente...
Abraços, bons caminhos!
"o poema sempre sabe mais do que a gente..."
Raul, estou quase convencida disso, acho até que ele (o poema) sabe mais de mim do que eu mesma, ele fala por mim...
Papo de doido, rs...
Um beijo fraterno, amigo!
estou farto
desta línguaviva
solta e distante
que nos envolve
de saliva a vulva
que me mastiga
que te castiga
as fendas
tecidas
estou farto
desta poesia
sem azia sem
língua e má digestão
que se perde anárquica
abortiva sem combustão
mas viva a(l)tiva
incerta
(am)arrotada
não quero
o poema áspero
e frio sem riso
rangendo dentes
concisos ao avesso
quero o poema esvaindo-se
(s)em demônios
em silêncios
suicidas
quero o poema mudo
Quando em vez venho por aqui, acalmar o coração, aliviar a tensão... dá gosto de ver esse blog. Beijos.
Coisa boa, Suely! Bom saber que alivio a tensão desta feminista aguerrida!
Beijos, linda!
Gustavo, belo poema. Também tento um poemamudo :)
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