espantalho
não tenho mar não tenho rio
e nem lagoa enxurrada ou copo d'água
tenho mesmo é esse jeito de ser_tão
essa sede essa secura esse bagaço
ao invés de coração
ou vísceras
monocultura
a cana chupa a terra
e deixa só o bagaço
desclassificadonão foi um amor de primeira
nem um amor de segunda
foi um amor comum
que me fez rir e chorar
e viver como nunca
seguidora
um sol meio sonso
desses de inverno
roça o horizonte
de um jeito terno
e minha janela
sempre boquiaberta
fita-o de longe
como se quisesse
mudar pro japão
uma noite sim
outra noite não
10 comentários:
A Líria, embora Porto, é sem partida e sem chegada, com seus barquinhos de papel, aparentemente frágeis, que nos levam ao mar além, ondas após ondas...
É uma gigante em sua concisão.
E viajamos com ela - um ser meio Simbad meio sereia - para onde.
Se a viagem é longe, curta!
É isso mesmo, Henrique. E eu fico lendo e relendo os poemas dela pra ver se aprendo um pouquinho :)
Sempre tão bom vir aqui,...
Beijo do IN_
Buenas, querido!
Besos
Boas escolhas, Sandrinha.
A Líria, com toda certeza, tem mesmo as manhas.
e hoje foi um sábado muito feliz, vou contar lá.
beijinhos querida
Grata, querida :) Sim a Líria é ótima!
Beijos
pimenta, sandra, vais - fico muito alegre com todo este carinho - e feliz pelos olhos que leem meus versos com tanta generosidade. besossssssssssss e obrigada!
Líria, seus versos é que são generosos!
Beijos :D
“...vago nesse mar
onde o mar não é náufrago
mas raso e de vidro..."
porto amplidão
es cor (re)
pulsiva
solitude ventania
eclips
into em mim...
..............
Líria Porto -
um rio que transborda
mil veios róseos
nas rimas da anatomia...
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