sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

A Sombra (Parte 4)

Arthur já era bem maluquinho quando a nefasta sombra surgira. Ele bordava desenhos e pensamentos com fios de tecidos em mantos. Bordava sempre à luz do sol mas ultimamente sua atividade artística tornara-se impraticável. Arthur vivia no breu e questionava tudo e todos sobre aquela sombra negra que tomava os céus. Até que certo dia viu um cortejo de anjos e soldados celestes e disse que rezaria mil rosários e se apresentaria diante de Deus com seu manto bordado. Quem não gostou nada dessa história foi um certo bispo que morava no cafundódojudas. Mas isso não vem ao caso. Arthur sabia muito bem o que estava dizendo e ele era um homem de fé, muita fé...

(termina mais tarde)

4 comentários:

Anônimo disse...

Legal, Sandrinha, tô cada vez mais curioso. Esta sombra nefasta está me assustando. Acho que não saquei o quem é o Arthur (Rimbaud?).
Um beijo. Não desapareça durante o carnaval. Vou estar por aí, circulando. Outro beijo.

o refúgio disse...

Aha! Te peguei! Esse Arthur é brasileiro e artista, sergipano, pouco conhecido. Apesar de ser admirado na Europa. Trata-se de um louco (louco? Será que todos nós não somos um pouco?) que viveu em manicômio.O nome dele é Arthur Bispo do Rosário (por isso que eu falei em rosários e bispo). Te peguei dessa vez, hein? Beijos.

o refúgio disse...

Esqueci de dizer que Arthur, assim como os outros, já morreu.

Anônimo disse...

Porra, que vergonha! Claro que já ouvi falar do Arthur Bispo Rosário. Mas, como sou um colonizado pensei direito no Rimbaud. Vergonha, vergonha....
Beijo.