quinta-feira, 30 de novembro de 2006

ao léu

Quando me atirei senti os eixos fora de prumo mas ainda assim cotinuei, tonta, sem fôlego, avancei o sinal proibido: vermelho que atrai, alerta que já vai... tarde. Segui em frente sem medo, sem destino, no desatino da loucura da paixão voraz. E tenho fome, tenho sempre muita fome. Vontade de comer, de beber. Sou uma junkie em potencial. Mas sou limpinha nas entranhas, já minhalma é bem safada. Não, não peco, porque não creio no pecado. Pecado só existe na maldade das mentes maliciosas. E me perco, já me perco no texto que preludiei com intenção de ser prólogo de uma história sem pé nem cabeça. Então vai-vai avança o sinal. Se deita na faixa. Adoro ser pedestre pra xingar os maus motoristas. Filadaputa! Olha a faixa, desgraçado! Se eu fosse Chefe de Estado, ditadora, eu aboliria os automóveis. Só existiria transporte público. Filadamãe! Olha a faixa, infeliz! Descarrego o meu desassossego na rua. E jogo panos quentes nas discussões domésticas indiscretas que se fazem ouvir em toda a vizinhança. Acho que tento ser civilizada. Tento, assim, no furacão. E sabe do que mais? Já falei demais. Bye!

2 comentários:

Anônimo disse...

Satolep noite, no meio de uma guerra civil
A voz de tenor de Caruso não deixava a Baronesa dormir
Jokim (Joaquim), Jokim louco, o louco do chapéu azul...
Todos falavam, todos sabiam quando o cara tinha aprontado mais uma.
Jokim, Jokim, quem eram esses canalhas que vieram aprontar contigo?
I just call to say I love
I just call to say on much again
(Só chamei porque te amo
Só chamei porque é grande a paixão)
Tradução do ministro Gilberto Gil.

kiss, kiss, kiss

Anônimo disse...

Dona mocíssima, li suas últimas estripulias por aqui, mas estou trabalhando feito um louco num freela que pintou, de maneira que estou sem tempo para comentar com mais carinho. Imagine que só a uma hora dessas é que estou terminando tudo o que tinha de fazer e indo pra cama. Fuso japonês. Beijos sempre.