terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

A Cela

Pisquei os olhos e estava numa cela de doido. Não sabia se descia, se subia. Se parava, se corria. Fiquei zonza. Todos os caminhos eram viáveis inviáveis. E o fim?Ninguém sabia. Aquela cela era um microcosmo regido pelo caos. O infinito num cubo. A borboleta bate asas e eu me agito. Personagens bizarros ao alvorecer ao anoitecer. Não se sabe bem o quê. E segui meio que girando meio que atolando na lama do mangue até alcançar a nave supersonicamente planejada para tais e quais efeitos especiais. Embarquei e subi. Ou desci? Em direção a uma galáxia não muito distante e aterrissei em Fúria com dois piscares de olhos, onde completei minha jornada e fiz da vida rosas em campos silvestres com três piscares de olhos embaçados pela fumaça que nevoava o céu escarlate do planeta Marte. Mas Vênus seria mais indicado naqueles causos. E assim foi esse rebuliço todo. Já passava de cinco olhos piscados, não mais, não mais. Quando me dei conta que não saíra daquela cela maluca.

5 comentários:

Anônimo disse...

Ah, Dona Menina... Como eu gostaria de saber fazer da vida rosas em campos silvestres...
Muito lindo! Bjs.

Anônimo disse...

Oi.
Saudades.
Só passei pra dar um oi e dizer que estou vivo. Trabalhando pra caramba.
Um beijo.

Anônimo disse...

PS: legal a nova decoração do Refúgio, cheia de bossa.

Anônimo disse...

Oi Sandrinha. Eu, de novo. Rapidinho: recomendo com entusiasmo a leitura do texto O Brasil é isso aí, do Cristovão Buarque. Saiu no blog do Luis Weis no Obervatório da Imprensa. O endereço é http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/blogs.asp?id_blog=3
Tem querolar a página.
Um beijo.

Anônimo disse...

Ótimo texto, Jens. Alíás o "Observatório" todo é muito bom. Valeu pela dica. Beijos.